Nutrição da Criança de 0 a 6 anos
- Editora Sucesso
- 16 de abr. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 17 de abr. de 2019

Toda criança é atraída pelo aspecto dos objetos e alimentos, para tanto, conduzir de maneira correta a alimentação da criança requer cuidados relacionados aos feitios sensoriais, como o aspecto, odor, cor, figuras, dentre outros que possam atrair a criança de forma a tornar apetitosa a comida a qual ela irá ingerir, outro aspecto primordial é a forma de preparo dos alimentos, às porções apropriadas à capacidade estomacal e ao ambiente onde serão realizadas as refeições, todos estes são fatores a serem analisados e vistos antes de cada refeição, atendendo a satisfação das necessidades nutricionais, emocionais e sociais, para a ascensão de uma qualidade de vida saudável.
A nutrição da criança envolve emoções e sensações, apresentando-se como um ato de convívio social, onde os alimentos são representações psicológicas criadas em cada indivíduo, a partir do relacionamento único e impreterível com os produtos a serem por ele ingeridos.
Esses conhecimentos são transportados desde o nascimento, com o aleitamento materno e, depois, com ações e reações frente aos alimentos, e influenciadas invariavelmente pela forma como esses são oferecidos.

Cada criança deve comer a quantidade de alimento suficiente para alcançar sua potencialidade genética de crescimento. A estatura corporal a ser alcançada na vida adulta não é de grande importância; no entanto, o declínio no crescimento, em razão de circunstâncias nutricionais e ambientais, está interligado com maiores taxas de morbidade e mortalidade, com carências no aprendizado e com menor aptidão física e intelectual na vida adulta.
Nas fases da vida pré-escolar, escolar e da adolescência são delirantes momentos para uma direção nutricional ativa e participativa, para tanto, a alimentação deve ser benéfica e adequada a cada uma das fases da vida, reverenciando as características individuais.
Com a intenção de orientar a população, são formados os guias alimentares, os quais devem ser apreendidos como forma de instrumentos educativos, para direção nutricional e alimentar, que, aprimorados nas recomendações nutricionais, nos costumes e na conduta alimentar, informam os indivíduos sobre a eleição, o formato e a quantidade de alimentos que devem ser consumidos. Vários países têm proporcionado guias de ajuste com seus hábitos alimentares, variedade de alimentos e necessidades nutricionais de diferentes grupos populacionais.
Analisando a complexidade dos fatores envolvidos na nutrição das crianças e os enigmas na oferta de uma dieta apropriada, deve ser destacado o papel essencial dos pais, educadores e profissionais da área da saúde na concepção de bons hábitos nutricionais, assim como na edificação de uma atitude madura da criança em inclusão aos alimentos.
Segundo Elias (2004), muitas mães afrontam problemas ou situações difíceis na hora da alimentação de seus filhos, especialmente nos primeiros anos de uma criança.

É típico de algumas crianças fazer birras como: cara feia, choro, bico e nada de comer. A seguir algumas dicas primordiais para propiciar a seu filho (a) uma alimentação mais regular e saudável.
Elias (2004, p. 01):
•A criança precisa ter horários predeterminados para a ingestão de qualquer alimento. É comum dar mais importância para o café da manhã, almoço e jantar, deixando os lanches, biscoitos e as guloseimas sem padrão de horário.
•É importante um intervalo entre as refeições de duas a três horas. A criança deve aprender, desde pequena, a comer nos horários determinados pela família, pois assim reforçam os bons hábitos alimentares e a convivência familiar. Uma criança que não tem intervalos razoáveis entre as refeições, ela se adapta a falta de horário, não se alimentando bem no almoço e no jantar.
•Não oferecer alimentos entre as refeições. Quando a criança recusa a refeição principal, não se deve oferecer outro alimento no lugar, não forçá-la nem agradar-lhe. Neste caso, o melhor é aguardar mais meia hora ou uma hora e oferecer novamente a mesma refeição.
•Diminuir os líquidos entre as refeições. Durante as refeições as bebidas precisam ser controladas, pois a criança troca facilmente à refeição por sucos ou refrigerantes. Os refrigerantes podem ser dados, mas sempre de forma limitada. Nos finais de semana, por exemplo.
•Não recompensar nem ameaçar a criança que não come.
•Ter firmeza e equilíbrio. Quando a criança se alimentar fora de hora ou comer, com frequência, alimentos inadequados podem ocorrer prejuízos no seu estado nutricional.
•Colocar pouca comida no prato. O volume da refeição da criança de 1 a 6 anos deve ser adequado à sua pequena capacidade gástrico. Pratos grandes, além de não estimulá-la, trazem aversão, pois ela já se satisfaz só de olhar. O correto é colocar um pouco de cada preparação no prato, se ao final da refeição houver um pedido de mais comida, é conveniente servir uma porção menor do que a primeira.
•Evitar artifícios para estimular a alimentação: aviãozinho, televisão.
•Uma forma válida de estimular a ingestão de alimentos é elaborar pratos com alimentos não aceitos pela criança. Por exemplo, com batata é possível fazer bolinhos, tortas ou batatas recheadas.
•Evite alimentos muito energéticos antes das refeições. Criança que come biscoitos, sorvetes, doces, salgadinhos ou qualquer outro alimento, antes do almoço ou do jantar, rejeitará a refeição e solicitará algo para comer logo depois, estabelecendo um ciclo vicioso.
•Os pais precisam dar exemplo de alimentação saudável: as crianças copiam os modelos alimentares dos pais e de pessoas que admiram. Se a família tem bons hábitos, a criança os incorpora com o passar do tempo. Quando ela rejeita qualquer alimento, o melhor é não insistir, mas sem dar exemplos.
Fonte: Portal Educação
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