Tipos de Fisioterapia Neonatal e Pediátrica
- Editora Sucesso
- 16 de abr. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de abr. de 2019

Fisioterapia Pediátrica Ambulatorial
O foco dos profissionais de saúde em nível ambulatorial nos pacientes neonatos e pediátricos é a estimulação ao Desenvolvimento Neuromotor, através de diversos procedimentos e terapias. Existe uma série de doenças e condições congênitas /adquiridas que ampliam a atenção e o cuidado do fisioterapeuta durante o processo de reabilitação, ou seja, independente da condição de base destes pacientes, o Desenvolvimento Neuromotor é uma das prioridades.
Fisioterapia em Neuropediatria
O tratamento de pacientes pediátricos com doenças ou lesões neurológicas é regulamentado por uma especialidade distinta daquela abordada anteriormente. A Fisioterapia Neurofuncional Pediátrica é responsável pela regulamentação das ações do fisioterapeuta em pacientes com este perfil, e consiste em técnicas que envolvem a psicomotricidade, a estimulação precoce, o Desenvolvimento Neuromotor e a melhora na amplitude de movimento articular, equilíbrio, coordenação motora, propriocepção e força.
Doenças e Lesões Tratadas pela Fisioterapia Neurofuncional Pediátrica
No âmbito clínico, o fisioterapeuta se depara comumente com as seguintes condições clínicas:
Paralisia Cerebral;
Distrofia Muscular de Duchenne;
Paralisia Braquial Obstétrica;
Hidrocefalia;
Síndrome de Chiari.
Paralisia Cerebral:

A classificação da Paralisia Cerebral é a seguinte:
Espástica (lesão do córtex motor);
Extra-piramidal (lesão nos núcleos da base);
Atáxica (lesão cerebelar).
Os pacientes pediátricos com esta condição podem manifestar hemiparesia (perda parcial da contratilidade muscular em um hemicorpo), diparesia (perda da contratilidade muscular com predominância em membros inferiores) e tetraparesia (diminuição da contratilidade muscular em todos os membros. O tratamento fisioterapêutico deve ser individualizado.
Distrofia Muscular de Duchenne:
É uma doença originada por uma mutação genética, que compromete a proteína distrofina (encontrada no tecido conjuntivo que envolve os músculos), levando a uma perda progressiva da força muscular de maneira geral, levando ao óbito normalmente por quadros de insuficiência respiratória.
É uma doença rara, com incidência aproximada de 1 a cada 4000 pessoas (do sexo masculino), mas que pode ser tratada pela fisioterapia para retardar a evolução dos sintomas e aumentar a sobrevida.
Paralisia Braquial Obstétrica:
Consequência de partos complicados, onde ocorre uma lesão das raízes nervosas que compõem o plexo braquial. Quando há movimentação ativa, a mesma é realizada em bloco, e o padrão postural do membro superior é em rotação interna, pelo comprometimento do movimento de rotação externa.
O paciente normalmente não consegue movimentar o ombro, e o fisioterapeuta através de técnicas manuais (em situações sem indicação cirúrgica) pode auxiliar na prevenção de deformidades, que são inevitáveis durante o crescimento caso o paciente não seja submetido ao tratamento adequado.
Hidrocefalia:
O liquor é um líquido que protege o cérebro e transporta nutrientes, e o aumento de sua produção por alguma razão representa a causa da hidrocefalia. O liquor produzido em condições normais varia entre 20-25mL/h.
O principal sintoma é o aumento da pressão intracraniana por aumento do liquor nos ventrículos, levando em muitos casos a lesões neurológicas que podem cursar com perda de força muscular, equilíbrio e propriocepção. A incidência da Hidrocefalia congênita é relativamente alta (entre três a cada 1000 nascidos vivos), e o diagnóstico e tratamento precoces são importantes para melhores desfechos.
Síndrome de Chiari:
Identificada por dor suboccipital intensa, que piora diante das manobras de valsalva, irradiando para a região anterior do crânio, além da produção do nistagmo (movimentação involuntária do globo ocular). Há perda de força em membros superiores e membros inferiores, acompanhada de alterações na sensibilidade.
Está relacionada ao deslocamento das tonsilas (Chiari tipo I), que passam a comprimir a medula espinhal. Como consequência, observa-se perda da capacidade térmica e dolorosa com manutenção da sensibilidade tátil, bem como atrofia dos músculos lumbricais da mão, hiperreflexia e sinal de babinski.
https://blogfisioterapia.com.br/fisioterapia-pediatrica-e-neonatal/
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